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Castelo de Ansiães

Castelos

Lavandeira, 5140-144

Aberto todos os dias

Visitas guiadas a grupos por marcação

prévia na LIT (Loja Interativa de Turismo)

Interior da Igreja de S. Salvador de Ansiães visitável, no seguinte horário:

segunda: 13h30 às 17h30

terça a quinta: 9h30 às 12h30

e das 13h30 às 17h30

sexta: 9h30 às 12h30

sábado: Encerrado

41.203683, -7.303787

+351 278 098 507

Com uma implantação geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães surge-nos com uma história milenar, cujo início se fixa por volta do III milénio A.C. Desde esse período que as caraterísticas geomorfológicas do sítio em muito terão contribuído para uma ocupação quase sucessiva desta topografia. Esta vocação para a defesa natural adquire particular importância durante o processo da Reconquista Cristã. Nessa altura, a Ansiães é concedida a sua primeira carta de foral, pelo rei leonês Fernando Magno. Os Séculos XII, XIII, XIV e XV definem um período exponencial do crescimento deste reduto amuralhado. Afonso Henriques em 1160, Sancho I em 1198, Afonso II em 1219, e finalmente Manuel I em 1510 reconhecem e promulgam forais à vila de Ansiães.

Nos finais do séc. XV, e particularmente no séc. XVI, uma tendência demográfica com caráter depressivo começa a atingir o local, e em 1527 algumas aldeias que constituíam o município contavam já com uma população superior à de Ansiães. Nas centúrias seguintes este movimento acabou por se agudizar, culminando na transferência dos paços do concelho para Carrazeda, ato que ocorreu em 1734 pelo fato de no antigo reduto residir um número bastante reduzido de pessoas. Estruturalmente, este arqueossítio divide-se em dois espaços distintos. O primeiro situado a quotas mais elevadas corresponde à primitiva implantação roqueira. Este perímetro é definido e organizado a partir de uma muralha de configuração ovalada que se reforça com cinco torreões quadrangulares. Trata-se de uma área com uma autenticada especialização defensiva, uma espécie de último reduto destinado a albergar os moradores em caso de contenda bélica.

O segundo espaço, que define a zona urbana propriamente dita, é constituído por uma segunda linha de muralhas com uma extensão superior a 600 metros e três torreões quadrangulares. Este espaço encontrava-se dividido por vários caminhos que se intercediam entre si, estruturando pequenos bairros ou áreas residenciais. Neste espaço encontra-se também a Igreja Românica de S. Salvador de Ansiães, datada do séc. XIII. A sua originalidade reside fundamentalmente no tímpano “Pantocrator” do portal principal, cuja iconografia de “cristo em majestade” constitui o mais completo exemplar do românico português. No mesmo portal, ladeia o tímpano um conjunto de arquivoltas cuja decoração representa cenas do apostolado e figuras zoomórficas, fitomórficas e antropomórficas.

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