Milhos Doces
Torre de Moncorvo
Ingredientes
Sêmola de milho (milho de maçaroca ou milho-gross), açúcar, leite (vaca), água, raspas de laranja, sal, canela em pó /Lava-se [muito bem] a sêmola de milho para não ficar nenhum resíduo de casca grossa; coloca-se num tacho a cozer, em pouca água, estando meio cozidos adiciona-se o leite e já quase-quase cozidos mistura-se o açúcar ― sempre em lume brando, e mexendo sempre.
Deixar arrefecer e decorar com canela.
Os cereais nativos, além dos introduzidos no decorrer do período de pós-descobertas, e os grãos silvestres aparentados, desde sempre tiveram um lugar de destaque na dieta alimentar dos Transmontanos. Quem terras possuía, moinhos tinha para poder o cereal transformar e assim vender ou consumir.
O «milho» era levado ao moinho, peneirado e separado. Daí resultavam as cascas grossas e a sêmola mais fina. O grosso ia para a alimentação da cria em redor das casas e dos animais de ganho e o fino para actos gastronómicos da alimentação humana.
Da sêmola fina se fazem os milhos doces que são parte integrante da doçaria da zona de Torre de Moncorvo e Freixo de Espada á Cinta, hoje em dia usa-se impreterivelmente na Ceia de Natal.
